domingo, 3 de fevereiro de 2013

Glaucia

Pedro falando:

Curiosa essa perspectiva da vida que certas situações nos fazem ter. Engraçados também os diferentes modos com que podemos enxergar os mesmos problemas.

Estamos nesse momento no COI e minha mãe está ali dentro (eu saí para escrever) conversando com a Glaucia enquanto aguardam para receber a injeção de Granulokine. Vimos a Glaucia pela primeira vez ontem, mas somente hoje a conversa engatou.

Ela tem 30 anos e com 29 descobriu um câncer de mama. Abatida? Entregue? Não, muito pelo contrário. Somente, claro, pelos efeitos do tratamento, mas não de cabeça.

Minha mãe, que todos nós conhecemos, estava comentando com a Glaucia que em 8 anos de COI, conversou com muito pouca gente (umas 3 pessoas) Aqui dentro. Compreendo, porque a postura "natural" dos pacientes é a desistência, a fraqueza. É carregar um tipo de sentimento que, particularmente, não queremos perto da gente. Raros são os que, como elas, entendem que a aparição desse percalço pode ser somente um sinal da vida para que mudemos o jeito de vivê-la.

A Glaucia comentou com a minha mãe que ficou impressionada com a luz que ela tinha. Ok, eu também fico. Mas, Glaucia, saiba que também ficamos FELIZES em te conhecer e ver que você sabe que aos 31 anos isso tudo será somente passado e mais uma etapa vencida na vida. A luz da minha mãe é dela, mas também se intensifica com pessoas como você.

Um beijo!

4 comentários:

  1. E que essas luzes brilhem muito! :)

    ResponderExcluir
  2. É de pessoas assim que precisamos ter sempre por perto.
    Muita luz de esperança!

    ResponderExcluir
  3. Que a luz que brilha em vocês se intensifique cada vez mais. É realmente de pessoas assim que precisamos.
    Muita paz e esperança.

    ResponderExcluir
  4. Vocês dois são maravilhosos!!!!!

    ResponderExcluir