segunda-feira, 29 de abril de 2013

Almoço surreal

Há dois dias, vivi uma experiência inusitada. Angela S., Carminha, Valmir e eu fomos almoçar no Quinta, em Vargem Grande, onde há muitos anos não íamos, apesar de sempre pretendermos, cada vez que Angela vinha ao Rio.

Foi um almoço surreal! Chegamos às 13:30 e só saímos às 23:30h! Durou 10 horas!

Lá pelas seis da tarde, o Luiz Antônio, dono do local, sentou-se conosco para aqueles papos descompromissados e sempre bem-vindos. Fátima, sua esposa, sentou-se uma meia hora depois; os últimos clientes se foram, a equipe foi dispensada e nós seis ficamos numa conversa até muito tarde, onde houve de tudo!

Sinceramente não sei descrever os detalhes, mas fiquei com a sensação de ter participado de um momento único, especial e, principalmente, inesperado.

Ainda não havia processado tudo, como preciso para escrever aqui, mas hoje recebi mensagens da Angela e do Valmir que repasso para que me ajudem a explicar o acontecido.



Queridos,

Fiz ótima viagem de retorno, dominada pela lembrança de nosso almoço de ontem, no Quinta. Fiz meus cálculos e creio que lá estive pela primeira vez na companhia da Bia e do Luiz, há vinte anos!

De início encontrávamos apenas o Luiz Antônio, sempre atento. Calor e carinho transparecendo em sua fineza, educação, pequenas gentilezas como uma sobremesa ou uma garrafa de vinho que não eram cobradas, ou uma muda de bromélia que levei para Piracaia.

Sempre tínhamos direito a um papo mais pessoal. Acompanhamos a convalescença do pai, o famoso Lulu, que havia sofrido um primeiro enfarto ou AVC, não lembro exatamente; a mudança dele para a região da Ilha Grande; o desaparecimento da estufa de bromélias com o crescimento do negócio.

Fátima apareceu anos depois quando o restaurante parecia estar grande o bastante para demandar uma administração mais pesada. Ao menos foi essa a impressão que tive. Daí foi um prazer encontrar uma mulher igualmente educada, exuberante, com a aura de sua ascendência de beleza e cultura que Cecília Meireles lhe confere – é sua neta.

Ela sempre lembra de algo que falamos ou fizemos. Desta vez, depois de tanto tempo longe, fiquei atônita dela lembrar que mandei uma caixa de lichias do sítio depois deles nos terem oferecido um licor de lichia que eu adorei. Isso faz no mínimo doze anos.

Assim, o encontro tal qual ocorreu ontem me é absolutamente surpreendente.

Depois de vinte anos de contatos intermitentes, de repente um lorde inglês se confessa sensitivo, faz demonstração de forças mentais uriguelianas. A mulher faz mágicas, nos oferecem, mas, sobretudo, bebem eles mesmos, umas três garrafas de vinho branco depois do serviço do restaurante ter se encerrado.

Aceleraram muito o raciocínio, emendaram um assunto no outro, mas ele se preocupou em nos colocar em pauta fazendo a leitura de nossos inconscientes.

Ela fala sobre o encontro caloroso de Carminha e Mayse, tão logo chegamos ao local; ele traz boas notícias sobre a evolução do tratamento da Bia; ela faz mágicas para nos entreter; ele elogia o grande coração que Valmir seguramente tem; ela me agradece mais de uma vez nossa presença naquela noite, ele acende um charuto (que por sinal devia ser de excelente qualidade devido à absoluta ausência de odor forte) me fazendo lembrar a descida de um espírito de pai de santo no corpo dinamarquês daquela criatura!

Não pude deixar de perguntar a ele a que se devia sua nova fase sensitiva da qual ele nunca havia falado. A resposta foi de que agora se sentia mais seguro e centrado em si mesmo, para se colocar. A mim declarou que me via como uma pessoa linda e forte, "uma fortaleza", mas por que eu ainda me sentia tão insegura em relação a mim mesma?

Claro que imaginei que Valmir me diria que essa é uma observação genérica que se aplica a todo mundo em algum momento da vida. Seguramente é fato. Mas reconheço que em alguns momentos da minha vida essa observação não encontraria nenhum eco dentro de mim. Houve momentos em que eu diria que ele estava alto e pronto. Mas nesse momento isso é absolutamente verdadeiro. Já usei varias vezes esse mesmo adjetivo em relação a mim mesma nos últimos cinco anos... Coincidência?

De qualquer forma no meio dessa surpresa e bebedeira toda tive a sensação de acolhimento.

Beijo e obrigada pelo final de semana para o qual todos vocês colaboraram.
Angela


Angela, Bia e Carminha,
Também passamos o dia com a ótima sensação do que passamos ontem. Nem saímos de casa. Acho que estávamos alimentados pela felicidade que desfrutamos ontem. Foi um dia muito especial. Ficava o tempo todo pensando como isso aconteceu, como passamos 10 horas lá. Sei lá, fomos todos tocados por alguma coisa. Aconteceu uma sinergia.
Que venham outras.
Beijos,
Valmir


Nem que quisesse saberia reproduzir com detalhes nossa tarde no Quinta, mas ficaram registros fora de ordem, alguns incompreendidos, mas vou tentar refazer o caminho.

Olhando em retrospectiva acho que o Luiz Antônio e a Fátima foram contando coisas pessoais como introdução ao que viria depois, como as leituras sensitivas de cada um. Eles pareciam estar jogando entre eles, com uma vida juntos na qual as conversas viram um jogo e se completam com a fala do outro para seguir até o rumo desejado.

Eles alternaram mágica com o que a Angela chamou de demonstração sensitiva, onde o Luiz Antônio entortou um garfo sem a menor demonstração de esforço.

Enveredamos por fé e de repente virei o alvo. Ele falou coisas bonitas e me disse para agradecer muito, mas muito. Eu estava curada.

Foi uma emoção muito grande ouvir aquelas palavras, independente de acreditar ou não, e mesmo sabendo que não tem cura, crer que posso ficar anos sem que o câncer evolua é o que preciso, um grande presente!

Fiquei, realmente, muito emocionada e foi geral.

Quando consegui falar contei que aquele momento estava coroando minha semana, onde havia tomado algumas decisões.

Na quarta-feira passada entrei na igreja de Santo Afonso, aqui ao lado, e fiquei pensando, pedindo para ter mais fé do que tenho e tentando me lembrar onde foi que deixei de sentir aquela felicidade que não faz muito tempo se diluiu um pouco.

Foi quando deixei a faculdade de Design de Interiores, época em que sentia uma alegria e um prazer enormes tanto na escola, com pessoas que passaram a ser muito especiais, quanto em casa, projetando, criando e aprendendo.

Isso foi interrompido bruscamente, quando tive que dobrar a carga horária do curso que ministrava fazia seis anos, por uma decisão do CREFITO, o conselho da minha classe. Foi uma época de muito estresse, montando várias apostilas novas com textos, fotos, mil detalhes que fiz questão de incluir na programação enriquecendo o conteúdo, mas foi um período bem doloroso.

Ainda sentada na igreja repassei essa época e decidi na hora retomar esse estudo. Não dá mais para voltar à faculdade - o tempo é outro, os colegas não serão os mesmos, mas posso estudar! Em casa pesquisei e me inscrevi em um curso de AutoCAD, aos sábados. Pelo menos colocarei as idéias no computador e não na prancheta, demorando uma vida em cada uma!

Outras decisões: preciso me encontrar mais com os amigos. Quero montar uma Confraria! Encontros marcados para conversas, discussões sobre filmes, livros – que adoro! Ah! E com refeição incluída em restaurantes a serem descobertos.

Aliás, isso foi idéia roubada do Luiz Antônio, que nos contou sobre a viagem que fez à África do Sul, no carnaval, com sua confraria! Também quero uma para chamar de minha!

Hoje a Lucy R. me levou para o COI, para a injeção da barriga, e conversamos muito sobre o que houve no sábado, eu sem entender bem o que aconteceu, apesar de estar completamente mexida com a história. Ela me disse para não tentar entender, que talvez nem conseguisse. Se me fez bem e me trouxe um bom sentimento, que ficasse com isso. Não preciso entender.

Desse sábado me ficaram muitas emoções, afetos, surpresas e um garfo torto, que será um amuleto na minha corrida em direção à alegria e à vida. 
 

 


Acabo de escrever sobre o almoço surreal e me lembrei que havia feito um relato de outra experiência “espiritual” há três semanas que não consegui postar. Segue o texto escrito e guardado. Fui atrás de alguma coisa e levei um susto.

Fui almoçar com amigos e voltei com a sensação de ter encontrado algo muito importante que não sei o que é, mas do qual precisava muito. Além do garfo torto.


Segue o texto escrito em 17 de abril.


Experiência espiritual – será?

Faz tanto tempo que não escrevo que nem sei por onde começar. Meu computador foi uma das vítimas da atualização catastrófica que a Microsoft realizou semana passada e pensei que ele tivesse morrido de vez. Felizmente a Tânia, minha administradora preferida, o ressuscitou ontem. E com ele, eu voltei.

Pedro, através de uma amiga, foi a um centro que imaginei que fosse espírita, mas depois que o conheci, tenho cá minhas dúvidas.

Ele falava de um homem com grande poder de cura e queria que eu fosse me submeter a um tratamento de quatro semanas. Relutei, mas ele me pediu que fosse por ele, mesmo que não acreditasse.

Sábado passado embicamos para a baixada fluminense e passamos boa parte da tarde no local, que se destacava do entorno com muito verde, muitas árvores no terreno do que acho que é um sítio.

Na hora fiquei muito calma e pensei que já que estava lá seria para levar fé e me entregar. Acho que se acreditarmos que alguma coisa ou pessoa possa nos fazer bem, funciona, vira verdade. Nossas freqüências entram em sintonia e o corpo reage positivamente.

Participei de algumas sessões que não sei dizer do quê, mas por três vezes, em diferentes grupos - que variaram de seis a umas oitenta pessoas – fui colocada no centro, pediram para eu fechar os olhos, alguém “apresentava meu caso” e pedia para que os presentes fizessem alguma coisa que não entendia o que era. E todos em volta começavam a gritar, a chorar e a expressar tanta dor que nem sei como conseguia continuar sem olhar. Concentrei minha atenção na respiração.

A um pedido do guia faziam silêncio ao mesmo tempo e como eu continuava com os olhos fechados, me tocavam o braço dizendo que acabara. O semblante de todos eles era tão tranqüilo que não combinava com o que eu imaginava ter acontecido. O que eu tinha acabado de ouvir não tinha nada a ver com o que via antes ou depois de fechar os olhos.

O homem da cura, o anfitrião, era, indiscutivelmente, o responsável por tudo. Era chamado a toda hora para socorrer um ou outro. Ele era gentil, educado e bastante atencioso, diferente de quando, no início, fazia o que chamou de palestra, onde respondia a perguntas, dava conselhos e orientações de um jeito que achei muito preconceituoso e de uma maneira bastante grosseria.

Não falava de amor, de bons sentimentos – amor é obrigação. O que vai contar na nossa “conta-corrente espiritual” são as coisas negativas, as que nos levam a um umbral cada vez pior. Juro que foi isso que entendi.

À noite não dormi e fiquei vários dias pensando na experiência, recapitulando cada minuto do que havia acontecido.

Quanto mais eu pensava mais angustiada ficava e decidida a não voltar e querendo que Pedro também não voltasse.

Sei do empenho dele em me salvar, em querer que algo interrompa a evolução da doença, mas quero lhe mostrar outros lugares, ligares do bem onde o sentimento reinante é o amor e não o ódio.

Algum lugar ou alguém eu devo encontrar para que me traga essa ajuda espiritual tão aguardada.





segunda-feira, 8 de abril de 2013

Família e amigos

Na sexta-feira fiz outra químio.

Diferente das outras, vim para casa sem querer me deitar no carro e nem colocar os pés no painel – vim sentada! Já achei melhor e gostei muito.

Vim conversando com a Dê até em casa, almoçamos aqui e ela saiu correndo para o trabalho. Grande irmã!

Nesse dia passei a tarde no computador pagando contas, pesquisando material para a obra e agendando visitas de profissionais para semana que vem fazerem orçamento de carpintaria e mármores. Vai ficar lindo o apartamento!

Às cinco horas saí para lanchar na minha mãe, onde agora Marcello, Aíla e o Fernando - meu irmão, cunhada e sobrinho, também moram, na Garibaldi, que existe desde os meus dois anos de idade.

Denise chegou logo depois, assim como Pedro. Esses encontros não marcados com antecedência são sempre bons, apesar de terem sido diferentes dos de sempre, que costumam acontecer em fins de semana.

Estavam quase todos cansados – também, sexta-feira, final da jornada semanal, era de se esperar.

Minha mãe e a Valda, empregada na casa deles, têm sido um capítulo à parte. Ela trabalhava na casa do Marcello e da Aíla e veio junto com a mudança. É engraçado como as dinâmicas surgem de uma maneira inesperada. Valda está fazendo minha mãe se mexer mais. Não deixa que ela durma muito de dia, estimula uma ida ao jornaleiro e ao entorno e o faz com tanta naturalidade - e certa autoridade – que os resultados têm sido muito melhores que os que conseguimos até hoje.

Minha mãe nos disse que está caminhando! Denise e eu já pensamos que fosse ao redor da pracinha Xavier de Brito, o calçadão do Tijucano, mas que nada! Ela se referia à ida até a jornaleira amiga e à feira em frente de casa. Tudo bem, isso pode ser apenas o começo de uma carreira promissora de maratonista – vamos torcer.

No sábado fiquei desligada da tomada. Depois da injeção na barriga, que tomei no COI, só quis saber de cama. Por sorte, o livro que estou lendo me fez passar o resto do dia deitada e distraída, de tão bom - “O leão da Toscana”.

Hoje acordei melhor e do jeito que estava me sentindo sabia que passaria um dia bem, com energia.

Fui cedinho para a Barra da Tijuca para ir ao COI, com direito a engarrafamento neste domingo sem sol, na ida e na volta. Ninguém merece.

Da lá fui me encontrar com meus compadres Fátima e Zezinho, que estavam com o Zé Prado, amigo de São Paulo, no forte do Leme. Os meninos subiram a pedra até aquela bandeira fincada no topo e vislumbraram a paisagem de 360º - Copacabana, Praia Vermelha, Niterói e aquele mar fazendo a ligação entre eles.

Nós, meninas, ficamos conversando sentadas em um banco e na sombra. Subida? Nem pensar!

Já era hora do almoço e meu filho me chamou para almoçar na casa da avó Zilah. O almoço virou lanche, que virou jantar e o papo correu fácil, alegre e leve – como sempre.

A melhor coisa da vida é estar com as pessoas queridas e próximas.

Encontros assim fortalecem, animam, confortam, alegram e deviam ser obrigatórios - são a vitamina e o suplemento alimentar do corpo e da alma – e isso é saúde!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Hoje estou com medo

Tenho andado tão bem, com tanta energia, me sentindo forte e saudável que não escrevo. Faço mil coisas tentando colocar em dia a vida que fica meio em adiada quando estou o oposto - cansada, mole e cheia de químio correndo por dentro.

Pedro me cobra a atualização do blog, mas não me obrigo, deixo a vontade surgir de dentro. Minha prima lindona, Lúcia, ontem me ligou para saber do sumiço e sugeriu que escrevesse exatamente isso – não tenho o que dizer.

Pois hoje de manhã me deparei com a notícia que o Alberto, marido da Sônia, cliente do Núcleo, faleceu em fevereiro com câncer de pulmão.

Ele adoeceu depois de mim, acompanhamos a evolução um do outro na maior torcida, também tomou o Tarceva e o último exame dele do qual tive notícias, estava tudo bem.

Quando vi e Sônia hoje e perguntei por ele, como fazia nos últimos anos, ela me olhou com uma expressão de tanta dor que fique paralisada. Não entendi imediatamente, mas com muita dificuldade ela disse: -“Ele se foi”. Eu levei um susto tão grande que só consegui lhe dar um abraço forte e ficamos assim por uns instantes - caladas e abraçadas.

Ele teve metástase cerebral.

Descobri que minha equipe sabia, mas fui poupada. Fiquei muito triste e com a tristeza veio o medo. Parece que a energia começa a se esvair aos poucos.

Até hoje, quando ouço uma notícia na televisão que fulano faleceu de câncer de... na hora tampo os ouvidos e solto um AHHHHHHHHHHH bem alto para não ouvir de quê. Não quero saber! Impossível não me envolver, não fazer as contas de quanto tempo levou a doença dele ou dela e de me colocar em seu lugar. Prefiro a ignorância.

Sei que não ouvir não muda o meu estado, mas evita que os pensamentos macabros me invadam. Enterro a cabeça mesmo.

Pode parecer estranho, mas tem muita gente que quando me encontra começa a contar um caso de algum parente, amigo ou conhecido que teve ou tem “a mesma coisa que você”. Não deixo nem que acabem e peço que mudem de assunto. Digo que SÓ QUERO SABER O QUE PODE DAR CERTO!

O pior é que existem os sem noção que insistem no caso, o que me obriga a pedir em português claro que não continuem, apesar de saber que falam com a melhor das intenções. Sinto muito, sei que é indelicado, mas obrigar alguém a uma escuta indesejada é cruel, mesmo que sem querer.

Não tenho o menor problema de falar do meu câncer, que conheço bem, sei como vem se comportando e o sinto íntimo e domesticado. Mas os que falam dos alheios não percebem a maldade embutida, uma necessidade pessoal. O pior é que, tenho certeza, é sempre com o intuito de ajudar!

Agradeço antecipadamente, mas dispenso.

Ainda no Núcleo estava conversando com a Tânia Salgueiro, minha administradora preferida, e pedi que me avisassem se eu começar a fazer ou falar coisas estranhas ou sem sentido. Ela me olhou séria e respondeu que na hora em que eu começar a terminar as frases ou a resolver um problema de cada vez e com calma, aí sim, será preocupante... e caiu na gargalhada.

De lá fui à loja de material de construção e à livraria Saraiva de carro. Obriguei meu corpo que já estava cansadíssimo. Vim para casa, almocei e me larguei no sofá. Foi quando reconheci o sentimento de angústia, o que vem com o medo da morte e de ver a doença evoluir.

Sei que não fico assim muito tempo e que sempre arranjo um jeito de driblar a dor e de me livrar do aperto no peito.

O que não queria é que este espaço fosse de lamento, de baixo-astral, mas que bom que existe! Só de estar sentada aqui tentando entender a dor e escrevendo já me sinto mais leve e aliviada. Vá entender a cabeça e o coração!

Quando eu sumir por alguns dias é porque estou “vivendo para fora”, num estado de fazer, realizar, encontrar e estar com gente querida – e muito feliz!