quarta-feira, 26 de junho de 2013

Cheguei!

Sábado à noite chegamos no fim da tarde de volta à Zagreb e ali terminou a excursão. Julia e eu fomos a uma exposição do Picasso que, depois da Croácia, voltará à França e será a última vez que sairá de Paris. Além de estar num convento antigo e reformado, o que por si já era uma atração, a exposição pegava várias fases e foi o máximo!

Domingo minhas amigas foram para Portugal, onde passarão três dias, e eu voei para Madri. Cheguei às oito da noite ainda com sol e a tempo de dar a última volta pela cidade naqueles ônibus de turismo, além de comer tapas de presunto Ibérico, queijo e pão com tomate e azeite. E uma taça de vinho tinto, que ninguém é de ferro.

Na segunda-feira embarquei de volta para casa num voo diurno, onde o tempo parece não passar, mas por sorte tive como companhia uma mineira de Belo Horizonte, a Maria Marta, de quem, depois de dez horas de conversa, virei amiga de infância!

Com uma diferença de fuso horário de cinco horas, entrei em casa, telefonei para mãe, irmão e irmã e capotei! Para mim já eram duas da manhã e já não me aguentava de pé.

Acordei revigorada para encarar a volta à rotina da minha vida, nem tão rotina assim. Telefonei cedo para a Rita, minha dentista do coração, pedindo socorro urgente, já que no segundo dia fora do Brasil havia quebrado um dente molar na vertical e fiquei apavorada que viesse a doer. Imagine ter que procurar ajuda na Croácia! Já estou de boca nova e ficou ótimo. Ela é uma artista!

Vou dormir. Meus olhos insistem em fechar e estou perdendo para eles. O dia foi curto. São oito horas da noite e para mim já deu, vou dormir.

...

Bom dia! São seis horas e desde quatro e meia da madrugada estou acordada. Resolvi escrever em vez de continuar a rolar na cama.

Ontem estava tão bem disposta, tão animada e revigorada que já quero pensar na próxima viagem, mas vou levar muito em conta o clima da época, pois desta vez errei feio ao fazer a mala.

Quando resolvi ir, doze dias antes do embarque, a temperatura por lá variava de 11 a 18 graus. Comprei blusas de malha de manga comprida que com uma pashmina ou casaco. Uma semana depois a variação era de 15 a 22. Coloquei blusas de manga curta na mala. Pois quando chegamos lá, era a filial do inferno. Chegou a 33 graus e não é um locar arborizado, com sombras e foi um sol na cabeça de rachar! Os oito dias foram de céu completamente limpo e azul.

Como eu, muita gente com roupa inadequada. Em Slit, a segunda maior cidade do país, fomos visitar os subterrâneos do palácio do imperador Diocleciano e logo ao entrar senti um cheiro fortíssimo de mofo que me fez imediatamente sacar a máscara que levei para me proteger ou no avião ou em casos como esse. Depois da terceira sala visitada desisti e saí em busca de ar.

O lugar é muito interessante ainda mais por ter sido construído há séculos.

Aproveitei a fuga e fui em busca de uma bermuda que substituísse minhas calças compridas, que já estavam correndo o risco de serem cortadas. Achei uma saia na Zara – lá também tem Zara – daquelas modernas com alguns rasgos. Foi a solução para o meu calor, mas por sorte só faltavam quatro dias de excursão e os rasgos, que pouco a pouco aumentavam, se tornaram buracos!

Seguem as fotos do subterrâneo mofado e da minha saia furada, enquanto “um urso me atacava...”







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